31.12.11

Viagem infinita.


Viaje em seus mais doces sonhos e acredite que tudo é possível. Procure por aquilo que lhe dá paz, porque é de paz que todos nós precisamos. Não pense que os sonhos estão distantes. Não pense que que a vida é feita de tempestades, pois às vezes as tempestades existem para nos mostrar que não podemos viver apenas com aquilo que alcançamos. É preciso viver a realidade, para assim, alcançarmos os nossos sonhos. A ventania serve para nos mostrar o caminho certo. As gotas da chuva servem para nos dar um banho de realidade no momento em que estamos cansados daquilo que não queremos viver. E os relâmpagos servem para nos fazer acordar. Acordar e ainda assim sonhar. Porque não há nada mais doce do que estar de olhos abertos e ter a sensação de que ainda não acordou.

11.12.11

Liberdade.

E deixa chover. E deixa molhar. E deixa o tempo passar. Deixa as folhas caírem. Não te preocupas com o que vem pela frente. Não te preocupas em saber o que está certo ou o que está errado. Te preocupa em viver, menina. Abra esses teus olhos para o futuro, e deixa que ele venha. Não te preocupas com o que ainda não aconteceu. Deixa o tempo passar, e se ele não passar encontre motivos para se distrair daquilo que te prende.

29.11.11

Realidade.

— O que procuras, moça?
— Tu nunca vais entender.
— Procuras o amor?
— Por favor, não tentes entender.
— Sabia! Estás à procura do teu tão sonhado amor, não é? Como aquelas mocinhas dos filmes…
— Não te enganes, senhor. Não te enganes. Não estou à procura de amor nenhum, acredite em mim. Não procuro pelo amor porque eu vivo dele, e só.

13.11.11

Adormeça.


Sinta seu sangue correndo nas veias. Porque você está prestes a não senti-lo nunca mais. Por mais que você negue, eu sei todos os seus males. Eu enxergo o mal no seu olhar. Todos podem tentar ajudar, mas sabem que de nada adianta. Sua situação não possui mais volta. Você está acabada. Seu corpo está se dilacerando por dentro. E você já sentiu tanta dor no passado, que agora a única coisa que a dor provoca são cócegas sob seu estômago. Seus olhos, eles não tem mais brilho. Só vejo raiva. Só vejo dor. Só vejo algo que nunca imaginei que você seria. Você acabou se perdendo mesmo estando no caminho certo. Eu sinto muito por você. Sinto pelos seus atos. E até sinto muito pela maneira como tudo isso está acabando. É. Não negue. Vai ser pior para você. Porque no fundo você sabe que tudo isso não tem volta. E que está no fim. Você sempre soube que nem todos os finais são felizes. E foi assim que você terminou. Sinto muito. A tragédia está prestes a começar. Ou terminar. Seu coração está pulsando cada vez mais fraco. Eu consigo sentir, digo, não posso mais nem sentir. Seu passado está sendo revivido em sua memória. Seus olhos estão se fechando. Tudo bem. Durma bem menina, sinto muito por ter feito você passar por tudo isso.

16.10.11

Amanhecer.

A janela da minha vida anda meio embaçada. Faz frio lá fora. Queria eu poder juntar minhas forças e encontrar braços que me aqueçam. Mas eu cansei. Ando meio cansada. Tudo é meio que do nada, meio sem querer, meio sem sentido. Mas entre meios, inícios e finais, a espera ainda é eterna. Faz frio lá fora. E ainda assim, fico na esperança de que o brilho cinza do meu olhar consiga entender pra que lado devo ir. A minha visão ofuscada de alguma maneira ainda consegue enxergar tudo, mesmo que o tudo seja tudo o que faz eu me perder. Mas se perder também é o caminho. Os desenhos que minha mente traça nessa vida continuam sendo linhas duvidosas, linhas sem sentido, linhas que ainda não consegui ler. Esqueço-me de que as coisas podem ser muito mais difíceis que agora. Esqueço-me daquilo que me sufoca. E sem medo, abro a janela e deixo o frio entrar. Deixo o vento mexer cada fio dos meus cabelos. Deixo que a brisa suave me toque. Faz frio lá fora. Mas comecei a acreditar que o frio é um pretexto de que por mais trêmulo que meu corpo esteja, esse é mais um motivo pra eu não deixar de procurar. Mais um motivo pra seguir o caminho eterno até encontrar algo ou alguém que me aqueça. Faz frio lá fora e por isso, eu sigo, eu fujo, eu corro o mais rápido que posso e pra me confortar no calor dos teus braços.

5.9.11

Uma nova melodia.


Sinto-me inerente aos sentimentos, incapaz de sofrer pelo que ainda não passou. Paz. Apenas paz. Lembro-me da tristeza e meio-que-do-nada meus olhos ficam lacrimejantes recordando daquilo que não é apenas fruto de um pesadelo que me fez perder o sono por tantas horas. Me peguei pensando naquilo que não devia, recordando daquelas velhas fitas cassetes que gravei em minha imaginação em momentos em que a solidão tomava de qualquer lugar onde eu habitava. Apesar de tudo, eis que sorrio. Tenho muita sorte. Suponho que relembrar do passado faz com que eu tome um banho de realidade e acorde para aquilo que até então não havia notado.

Tudo está bom. Muito bom. Quanto mais o tempo passa dou-me conta de que tudo que acontece à minha volta não é ruim como aparenta. Ainda sorrio. Porque sei que por mais que haja tempestade, ainda existe um lindo dia ensolarado, sorrindo, esperando pra nascer, pois uma das coisas que eu aprendi e nunca mais esquecer é que por mais que a vida seja dura, o tempo vai apagar aquilo que me feria e tocava cada vez mais as cicatrizes que os erros do passado provocaram.

Antes dos sonhos, a paz não se faz. A paz não se desfaz. A paz é inexistente pelo simples motivo de que você não têm idéia do que irá acontecer daqui a um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano. Você só vive o agora. Sem ter certeza do que te espera na linha de chegada dos sonhos. Ou até mesmo pensa como eu. Acredito que por mais que os sonhos pareçam coisas criadas pela minha cabeça pra eu finalmente acreditar na felicidade, eu espero por eles. Espero pra sorrir pra mim mesma na frente do espelho todos os dias. E perceber que o brilho dos meus olhos nunca vai se apagar enquanto eu acreditar naquilo que realmente quero acreditar.

21.7.11

Andar em branco.


Tentava esconder o que via ao passar por aqueles que certa vez fizeram falta. E passar. Passar reto. Como se não fossem mais ninguém. E não eram. A vida passava correndo ao meu lado, e minha única certeza era que de nada eu sabia. Pois é, a minha maior certeza era a dúvida. E por mais cruel que a dúvida fosse, ela era o único meio que eu possuía para perceber que ainda havia muito caminho pela frente. Ainda há muito caminho pela frente. E apesar desses caminhos, ainda espero que o erro tenha volta. Que o amor seja verdadeiro. Que a amizade não seja falsa. Que a paz seja por completo. E mais que tudo, ainda espero que viver seja para ser feliz.

5.6.11

Ofuscada.


Admirável mundo esse onde a vida me flutua enquanto respiro. Contudo que nada mude, eu continuo a sorrir para meu espelho e acabo encontrando a perfeição. Quão bom seria se os sorrisos fossem valiosos, digo, quão bom seria se isto fosse verdadeiramente verdadeiro. Repentinamente, a vida mostra-me outro lado da moeda, outro lado imperceptível aos olhos dos outros. Abro a janela da certeza e lá só enxergo o que eu já concluía. Nada além de um deserto e um sol que queimava minha retina lentamente. Porém, minhas pernas se entrelaçaram entre si, como se não quisessem voltar. Mas eu queria. E queria mais que tudo. Lutei com todas as minhas forças, mas quando retornei todas as minhas páginas estavam amassadas. E foi então que eu enlouqueci. Continuo enlouquecendo. Não sabendo mais pra que lado ir, ou pra que lado chegar. Fico um tempo pensando em meu estado inevitável. Pra onde foi que a vida me levou, afinal? De nada sei. Fico pensando em formas e várias formas de encher esse buraco que surge em mim. Mas aí então, acontece algo inevitável. Um soco no estômago, e o ar começa a poluir-se de sentimentos ruins que eu nem sequer sabia que existiam. Não ligo. Não posso ligar. Tudo parece sem sentido agora. E eu sinto que isso é recíproco. Digo, eu estou deixando essas coisas acontecerem, e tudo então, fica pior, a cada tic-toc do relógio, novas chances vão surgindo. Mas não enxergo na maioria das vezes, pois minhas pálpebras estão embaralhadas, graças à essa solidão e essa dor sem sentido. Solidão repentina essa que confunde minha mente e me faz pensar vazio. Faz-me sonhar com o nada. O meio do nada. Nada. Nada parece mais fazer sentido. Pois é só o nada que existe. Por mais que eu finja que não, minha mente grita: SIM! SIM! SIM! Sim, eu já me acostumei com isso. Então, por esse motivo não temo mais o que ainda está por vir. Porque sei que depois das páginas amassadas, devo aprender a desamassá-las, para que então, eu escreva novas palavras formando assim, novos sentimentos. Sentimentos esses que espero que sejam bons. Que espero que não ofusquem minha visão. Espero que novas páginas surjam, novas páginas possam ser desamassadas. E para que mais que tudo, eu perceba que por mais inútil que tudo isso possa parecer. A dor é só uma exceção, e o que eu sinto é muito mais do que uma simples exceção. É a regra. Por mais que eu negue. A regra é sobretudo, o essencial. Independente do que o resto pode me fazer sentir. Certamente, as coisas ruins não poderão ser anuladas pelas boas. Mas não significa que as boas são minoria. Às vezes são a maioria. E na maioria das vezes, valem muito mais.

26.5.11

Sobrevivo.


Sobrevivo com vontade de viver. Vivo com sede de voar. Vôo com medo de cair. Caio sem ter onde me apoiar. Me apoio sob o vento sem destino. Sem destino ando a vagar. Vago sem pensar no amanhã.


Tarde demais, o amanhã já chegou.

8.5.11

De surpresa.


Sorriso nos lábios. Lágrimas no olhar. Clareza na voz. Coração partido, coração pulsando. Olhar fixo. Mais uma vítima de amor.

11.4.11

19.3.11

Cores Descoloridas.


Eu poderia pegar as minhas lágrimas que insistem em cair e jogá-las no lixo, poderia fugir de todos os meus problemas sem olhar para trás. Mas assim mais problemas apareceriam e aqueles do passado ainda iriam existir e fazendo assim, com que meu lixo enchesse de lágrimas e eu não teria mais lugar para colocá-las. Esse autódramo sem fim que eu chamo de vida, é cada dia mais difícil. Você pode sair da pista de vez em quando, mas não pode ficar totalmente fora de controle. Você tem que saber qual caminho seguir, se é esquerda ou direita. Mas não importa sempre vão ter muitas curvas no caminho mesmo assim. Você encontra amigos, perde amigos, e sempre chega a conclusão que está sozinho. Você passa por muitos caminhos cheios de cores. Tem caminhos que as cores desbotam pra cinza. E você acha que todos os momentos bons foram um desperdício. Sua visão fica desfocada e aí você chega a pensar em desistir. Mas segue o caminho certo. E de repente você vê um arco-íris mais colorido do que qualquer um que já viu. O sol brilha ao seu redor e em volta da sua alma. E você olha pra frente e segue sua vida e chega a conclusão de que, às vezes a vida é melhor preta e branca.

1.3.11

Era uma vez...


Era uma vez uma menina que sabia o que queria. Mas, infelizmente não sabia o que sentir. Vivia em seus sonhos rodeada de encantos e poesia. Queria escrever. Queria se encontrar. Queria saber o que pensar do futuro. Mas o futuro estava tão confuso que ela consequentemente escolheu viver. Viveu alegrias, viveu a paz. Seu mundo era perfeito, até o momento em que ela acordava e percebia que não se pode viver apenas de sonhos. Foi então, que ela resolveu realizar. Seu mundo estava mais próximo da realidade. Mas a sua realidade era diferente de todos ao seu redor. Ela sonhava. E mesmo diante de tanta dor…continuava sonhando. Consertava o mundo do seu jeito, vivia além da perfeição, que aqueles ao seu redor, não enxergavam. Todos tentavam a fazer acordar: “Acorda pequena menina! A vida não é assim. Pare de se iludir.” E era nesses momentos que ela acreditava mais ainda nos seus sonhos. Aquela pequena menina, virou pequena mulher. E sua mente, ainda era do mesmo jeito que antes, a única diferença, era que ela parecia mais doce. Parecia mais madura. Madura o suficiente para sorrir diante de cada tropeço. Ela era um doce, parecia que tinha sido criada “à medida”, cada ingrediente na medida certa. Para a fazer tão pura, tão doce, e tão vivida assim. Parecia que havia vivido seus maiores pesadelos, mas quem a julgava dizia que ela era feita de sonhos. Ela acreditava que era apenas um dom. Poucos esses que o conheciam. A menina foi crescendo, mergulhada em seus encantos, vivia cada dia como se tudo fosse um conto de fadas. Tranquila, porém, atenta. Sonhadora, porém, realista. Alegre, porém, vivida. Ah, essa pequena menina-mulher não é tão velha, não é tão nova. Parecia que usava algum tipo de poção de rejuvelecimento. Que nada! Seu único segredo era viver. Era uma vez uma pequena menina-mulher que cresceu, continua crescendo, vive em sonhos, e que apesar de não conseguir adivinhar o futuro, acredita que de tanto sonhar, um dia tudo isso irá se tornar realidade.

9.2.11

Fora do chão.


Porque eu realmente sei que é aqui que eu deveria estar. Aqui que eu deveria voar. É por aqui. Nada mais que por aí e por aqui.

4.2.11

Sensações inconsequëntes.




As formas que temos de demonstrar nossos sentimentos acabam nos prendendo em coisas irreais e flutuamos por aí sem rumo. Como se estivéssemos em um lugar sem saber o porquê de estarmos lá. Como se sobrevivessemos sem saber para que. Estamos aqui. Estamos vivendo, e essa coisa que chamamos de vida, vezenquando consegue nos fazer cegos. Quem dera se conseguíssemos enxergar tudo que está bem na nossa cara. Mas a vida é assim. Ela nos engana. E acabamos sobrevivendo em um mundo virado. Definitivamente, em um mundo de ponta cabeça. Mas o bom disso tudo, é a brisa leve que o vento nos tráz nesses momentos, que literalmente nos jogamos e nos sentimos fora desse mundo cheio de merda que acabamos criando. Existem muitas formas de se viver, e nunca se é a correta. Pudera eu escolher sempre a opção certa em momentos equívocos. Não gosto de me iludir. Mas de certa forma, eu gosto de sonhar. No fim de tudo, você vai perceber que as sensações de perdição que sentimentos, não tem consequência nenhuma. Apenas de nos fazer perceber, e colocar logo dentro de nossas mentes, que estamos aqui pra viver. E não apenas andarmos por aí para vermos cada oportunidade sumir como o vento.

21.1.11

Mentiras baratas.


      Superficialidade nunca foi muito coisa da minha vida. Talvez fosse algo com um patamar muito avançado, como um vestido de quinhentos e treze dólares em uma loja de grife. Ou talvez fosse algo tão simples quanto comprar maquiagem em uma loja de R$1,99. Como se os sentimentos precisassem ser tachados com preços tão suficientes ou insuficientes. Como se esses sentimentos acabassem como um toque de mágica por conta da última liquidação da loja barata da esquina.

      Não sou dessas pessoas que acabam perdendo a paciência à espera do grande amor, ou à espera do despertar de certos sentimentos. Confesso, e não com muita vergonha que sonho tanto, que vezenquando fecho os olhos enquando me escorro no parapeito da janela sonhando com certos momentos, imaginando se algum dia aquelas ceninhas meio-que-chicletes que ocorrem em certos filmes românticos, acontecerão comigo. Mas de repente, bato minha cabeça no canto da janela, e percebo que sonhar não é tão bom quanto parece.

      Ao menos nos dias de hoje, muita coisa (a maioria, confesso) nunca é como parece ser. A realidade é que comprar amizade, e amores bem resolvidos está tão fácil quando comprar um tênis falsificado de uma marca famosa. E tudo isso, se desgasta. O tênis, e os sentimentos, claro.

      Mas não quero algo qualquer entrando na minha vida. Eu quero a realidade, a boa e velha realidade. Não sorrisos forçados, como em uma conversa de parentes que não se viam à muito tempo. Eu quero sorrisos, não bocas abertas mostrando os dentes por qualquer besteira. Quero abraços, não duas pessoas se "encostando" de braços abertos enquanto desejam tudo de melhor para umas às outras. Quero amizades verdadeiras, não viver só coisas boas numa roda de conhecidos, e de repente, em meio ao temporal não encontrar nenhum guarda-chuva para me proteger. Quero amor, não palavras decorradas, não apenas sorrisos bobos. Quero amor, e não pessoas que vivem se entregando pra aqueles que não merecem nem um pouco esse tipo de sentimento.

      Quero continuar à escrever tudo o que eu penso e tudo o que eu sinto. E não apenas fingir, para iludir as pessoas com sóis que nunca irão sair antes de muitos temporais.

2.1.11

Amargura.


Eu. Aquela explosão de sentimentos que não me deixam em paz. Fogos de artifício em minha imaginação, e apenas uma droga pra você. Talvez tudo seja passado. Tudo seja esquecido. Quem sabe tudo seja pecado. Mas não passo de alguém que acredita no futuro. E sem querer, acabo me perdendo no passado, e me iludindo no presente. Ok, vamos parar de falar de ilusão, todos sabem o quanto isso não me agrada. Vamos falar de sonhos. Acredito que sonhar seja minha parte mais doce, mas como todo doce que se preze, às vezes provar demais dele, no futuro pode resultar em náuseas.