25.6.13

Adeus.


   Você morre por dentro, mas ninguém nota. Você faz de tudo pro vazio sumir, pra o vazio ser preenchido, mas nada consegue mudar a falta que te faz. Você tem certeza que o tempo vai curar a dor, mas não tem paciência pra esperar, então, você chora. Chora pela falta, chora por querer ouvir a sonoridade de um sorriso e não conseguir. Chora por querer aquele abraço mas não ter. Chora por querer olhar nos olhos, e não tê-los brilhando ao teu lado. Teu coração fica ferido. Você olha pro céu, e mesmo ele estando lindo, não tem mais motivos pra sorrir. E com tudo isso, com tanto sofrimento, você sabe que nada vai adiantar, porque não vai tê-lo de volta. Vai olhar pro lado e ele não vai estar lá. Vai estar sorrindo entre amigos e vai sentir falta DAQUELE sorriso único, aquele, que você amava. E por mais que doa, por mais que esteja vazio, seu interior tenta te dizer: “Acalme-se, vai passar. A vida é assim mesmo. Você perde o que sempre amou. Mas no fim, vai perder a si mesmo. Talvez demore. Mas você vai encontrá-lo de novo.” E por mais impaciente que você seja, o vazio vai demorar pra se curar, mas vai se curar. E mesmo sabendo que o perdeu, o tempo vai passar e você vai sorrir ao lembrar que o teve.

8.4.13

Vontade de viver.


      O que vai além de qualquer coisa é a vontade que a gente tem nesse pedacinho de nós de viver. Essa vontadezinha de sentir o doce na boca, enjoar, e já querer partir pra outra. Experimentamos o amargo. E não queremos mais saber. Desistimos. Mas esse gosto sempre demora pra sair da boca. Sempre faz com que a gente sinta um leve enjoo no estômago antes de tentar algo novo, ou o gosto de antes. O gostinho da felicidade. Ou o doce. Muitas vezes o que nos torna tão diferentes uns dos outros, é que uns demoram a esquecer o gosto ruim que sentiu antes. E outros fazem o gosto passar tão rápido quanto um flash de uma câmera. Mas tudo isso. A vida. Os sonhos. Os pensamentos. O gostinho de “quero mais” sempre vai depender daquilo que queremos de verdade. E não do que pensamos que queremos. Às vezes o caminho é difícil. Afinal, as aparências enganam. O doce pode ficar amargo. O amargo pode ficar doce. E a vontade de viver que você tinha aí dentro, pode sumir. Mas se você deixar o tempo passar, e aos poucos provar apenas o que sabe que te faz bem. Você pode carregar um pedaço do céu junto de si. Só basta querer sair do inferno quando cair dentro dele.

16.1.13

Casa sem espelho.


   Ando pensando demais nos outros e esquecendo de mim. Ando dando ouvidos demais aos outros e esquecendo do que meu coração diz. Estou começando a cansar dessas coisas que me trazem apenas uma paz momentânea, e esquecendo daquilo que me traz uma paz infinita. Ando meio cega, meio perdida, meio sem rumo. Apesar de sempre achar que estou conseguindo fazer o que eu quero fazer, mas meio que sem querer as coisas se desfazem, não se encaixam mais, se perdem. E então, eu percebo que tudo não passou de ilusão ou de coisinhas que uma típica menina sonhadora como eu costuma pensar. Ilusão, acho que é uma das únicas que não sei ao certo como explicar. Porque sempre que eu acredito que aprendi a não tropeçar nas minhas próprias palavras, vem alguém ou algo e me faz cair de novo. E então, percebo que por mais que eu aprenda no momento, eu desaprendo rápido também, e essas coisas começam a se tornar costume. Tropeçar e cair já virou um costume. Mas mesmo assim, não continuo no chão, eu me ergo, me levanto, eu sorrio, eu tento esquecer e continuar vivendo. Até o momento que eu caio de novo, mas eu me levanto de novo e de novo e de novo. Porque eu sei que em algum momento a felicidade irá ser verdadeira, por mais que demore, meus sonhos de felicidade um dia vão sorrir pra mim, e não estarão sorrindo apenas dentro do meu pensamento, eles estarão frente a frente comigo. E pra sempre. Não da maneira que sempre esteve, não da maneira que a falsidade estava. Quando minha felicidade plena chegar, estarei sorrindo para a realidade, e não apenas pros meus sonhos. Eu estarei vivendo meus sonhos, e não apenas tentando torná-los realidade. Eu estarei voando com os pés no chão, mas com a realidade e os sonhos de mãos dadas comigo. E é isso que eu quero. Quero viver em paz absoluta, quero sorrir sabendo que será verdadeiro. E não quero apenas me perder em falsas palavras de falsas pessoas que me fazem ter falsos sonhos que nunca se tornarão reais.

5.1.13

Retalhos.

   Cada passo dado em falso é sinônimo de lembranças que eu deveria esquecer. Mas não posso.
   Cada momento que caminho sob estradas desconhecidas é um pretexto pra eu descobrir esse mistério.
   Cada som que escuto é um motivo pra continuar.
   Cada passo, cada momento, cada som, cada ventania, cada tempestade.
   Eu continuo.
   Apesar de cada detalhe, ruim ou bom.
   Eu continuo.
   E é isso que eu deveria fazer a todo instante.

   CONTINUAR.