19.3.11

Cores Descoloridas.


Eu poderia pegar as minhas lágrimas que insistem em cair e jogá-las no lixo, poderia fugir de todos os meus problemas sem olhar para trás. Mas assim mais problemas apareceriam e aqueles do passado ainda iriam existir e fazendo assim, com que meu lixo enchesse de lágrimas e eu não teria mais lugar para colocá-las. Esse autódramo sem fim que eu chamo de vida, é cada dia mais difícil. Você pode sair da pista de vez em quando, mas não pode ficar totalmente fora de controle. Você tem que saber qual caminho seguir, se é esquerda ou direita. Mas não importa sempre vão ter muitas curvas no caminho mesmo assim. Você encontra amigos, perde amigos, e sempre chega a conclusão que está sozinho. Você passa por muitos caminhos cheios de cores. Tem caminhos que as cores desbotam pra cinza. E você acha que todos os momentos bons foram um desperdício. Sua visão fica desfocada e aí você chega a pensar em desistir. Mas segue o caminho certo. E de repente você vê um arco-íris mais colorido do que qualquer um que já viu. O sol brilha ao seu redor e em volta da sua alma. E você olha pra frente e segue sua vida e chega a conclusão de que, às vezes a vida é melhor preta e branca.

1.3.11

Era uma vez...


Era uma vez uma menina que sabia o que queria. Mas, infelizmente não sabia o que sentir. Vivia em seus sonhos rodeada de encantos e poesia. Queria escrever. Queria se encontrar. Queria saber o que pensar do futuro. Mas o futuro estava tão confuso que ela consequentemente escolheu viver. Viveu alegrias, viveu a paz. Seu mundo era perfeito, até o momento em que ela acordava e percebia que não se pode viver apenas de sonhos. Foi então, que ela resolveu realizar. Seu mundo estava mais próximo da realidade. Mas a sua realidade era diferente de todos ao seu redor. Ela sonhava. E mesmo diante de tanta dor…continuava sonhando. Consertava o mundo do seu jeito, vivia além da perfeição, que aqueles ao seu redor, não enxergavam. Todos tentavam a fazer acordar: “Acorda pequena menina! A vida não é assim. Pare de se iludir.” E era nesses momentos que ela acreditava mais ainda nos seus sonhos. Aquela pequena menina, virou pequena mulher. E sua mente, ainda era do mesmo jeito que antes, a única diferença, era que ela parecia mais doce. Parecia mais madura. Madura o suficiente para sorrir diante de cada tropeço. Ela era um doce, parecia que tinha sido criada “à medida”, cada ingrediente na medida certa. Para a fazer tão pura, tão doce, e tão vivida assim. Parecia que havia vivido seus maiores pesadelos, mas quem a julgava dizia que ela era feita de sonhos. Ela acreditava que era apenas um dom. Poucos esses que o conheciam. A menina foi crescendo, mergulhada em seus encantos, vivia cada dia como se tudo fosse um conto de fadas. Tranquila, porém, atenta. Sonhadora, porém, realista. Alegre, porém, vivida. Ah, essa pequena menina-mulher não é tão velha, não é tão nova. Parecia que usava algum tipo de poção de rejuvelecimento. Que nada! Seu único segredo era viver. Era uma vez uma pequena menina-mulher que cresceu, continua crescendo, vive em sonhos, e que apesar de não conseguir adivinhar o futuro, acredita que de tanto sonhar, um dia tudo isso irá se tornar realidade.