27.10.10

O vento se calou.


O vento clamava por paz, e as borboletas pararam de voar. A chuva de amor caía, e a tempestade atingia todos que estavam por aí, por aqui, por lá, e doía. Cada gota era um raio partindo o coração em pedaços. A chuva ficava cada vez mais forte, mas a esperança ainda estava intacta. A ilusão era visível nos olhos daqueles que observavam tudo, escorrados no parapeito da janela. Tudo era bom, mas tudo era ruim também. Quando o sol se apagou, o amor passou a cair, a inundar, afogar e até salvar. Trazia sorrisos fingidos, lágrimas sofridas e fluía. As árvores pareciam dançar com a cantoria do vento. Elas pareciam chorar, e pareciam amar. O tempo passava, e as coisas já não eram as mesmas.
As pessoas estavam perdidas, pedindo algo que não chegava. Elas amavam, mas ao mesmo tempo odiavam as coisas ruins que o amor trazia. Elas não sabiam mais o que pensar.
E de repente, a esperança surgiu, as borboletas voltaram a voar e a colorir o céu, ainda cinza. A expectativa era tanta, que o amor foi esquecido. O amor se perdeu. A chuva parou de cair.

9 comentários:

Nina disse...

Mas o amor volta(talvez(quase com certeza) não pela mesma pessoa,mas uma que te faça feliz).

Bjos no coração

Nina

Mayra Di Manno disse...

Isso tudo me remete a nada mais, nada menos, do que: "nada como um dia após o outro", ou então, cada amanhecer se faz necessário!
Um beijo,

Bruna Campos disse...

Caramba, muito lindo o seu blog. Amei.

Diana Moreira disse...

Nossa, quando eu li esse texto achei que você tinha se inspirado no meu huashaush Tem várias palavras em comum, mas talvez seja só coincidência. Dá uma olhada http://fariaqualquercoisa.blogspot.com/2010/10/rua-sem-saida.html

Valeu, beijo!

Juliana disse...

Você escrever muito bem!

http://balladofgirl.blogspot.com/

Pâm Lobo disse...

Nossa, depois de tanto tempo me fez bem passar por aqui!
Seu texto é demais, está de parabéns!

Beeijos :*

http://supbox.blogspot.com

Jeferson Cardoso disse...

Oi, Letícia! Parabéns por sua prosa poética, e que os ventos tragam chuvas, e o amor germine, sem jamais ser esquecido. Abraço!

“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)

http://jefhcardoso.blogspot.com

Nina Auras disse...

Nossa, a primeira vez que visito o blog. Achei tão lindo, e o texto tão verdadeiro e apaixonante... O amor não se perdeu, foi esquecido, sobreposto por algo maior, no caso, a esperança. Perfeito. Vou continuar passando aqui, sempre ♥

Wallace disse...

As vezes é difícl acreditar que tens somente 15 anos, suas palavras de certa forma confortam um pedacinho do mundo, que no seu blog se identificam e amenizam sua dor, beijos e não pare de escrever